Servidores da Saúde de Campina Grande denunciam salários atrasados e acusam prefeito de “falta de transparência”

Completou um ano, do primeiro atraso de salários dos servidores da Saúde de Campina Grande. A declaração é do vice-presidente do Sindicato da categoria, Napoleão Maracajá ao destacar mais uma suspensão de greve, aprovada na assembleia desta segunda-feira (17).

O sindicalista denunciou não só atrasos nos salários, mas também, a falta de insumos, as condições precárias de trabalho, progressões de carreira paradas e o abalo psicológico nas famílias dos trabalhadores, além de criticar a judicialização da greve.

“Se alguém precisa prestar esclarecimentos à Justiça, não são os servidores, mas sim a gestão municipal, que deve explicar onde foram aplicados os muitos milhões de reais que entraram na saúde municipal nos últimos anos. Falta de medicamentos, insumos, materiais básicos, falta até de papel e água em unidades, central de marcação sem funcionamento adequado, telefones que não atendem”, avaliou Napoleão Maracajá.

Segundo ele, são 17 categorias que foram impactadas com a “falta de diálogo e de transparência da gestão do prefeito Bruno Cunha Lima” ao destacar que tal situação não ocorre em ano eleitoral, a exemplo de 2024 “pagou em dia no ano de campanha, bastou passar as eleições para atrasar os salário”, criticou o sindicalista.

“O prefeito não dialoga, não tem espaço para ouvir os trabalhadores. O diálogo dele foi na justiça, tentando criminalizar o movimento dos trabalhadores, movimento esse que é legal, legítimo, cobrando o básico que são os salários atrasados e melhores condições de trabalho”, explicou.

Ainda segundo ele, foram solicitados ao secretário de Saúde, Dunga Júnior, as listas com os servidores efetivos e salários, bem como dos demais contratados, além de uma série de documentos, no entanto “permanecemos sem as respostas e sem nenhum diálogo por parte da secretaria de Saúde”, destacou.

De acordo com Maracajá, mesmo suspensa a greve, os trabalhadores continuam mobilizados por meio de reuniões e diálogos com a população sobre a situação em que passa a saúde do município. Uma nova assembleia dos servidores efetivos da Saúde de Campina Grande será realizada na próxima terça-feira (25) para decidir sobre o impasse.

“Em tom de profunda revolta e protesto contra o descaso da gestão de Bruno Cunha Lima para com os trabalhadores e trabalhadoras do serviço público. As categorias segues mobilizadas conversando com a população e ganhando mais força para a luta”, destacou.

Fonte: ClickPB

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