Ministério Público denuncia Lauremília Lucena e mais nove pessoas por cooptação ilícita de votos nas últimas Eleições

O Ministério Público Eleitoral, em atuação conjunta com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPPB) e a Polícia Federal, ofereceu denúncia criminal no âmbito da Operação Território Livre, deflagrada para desarticular esquema de cooptação ilícita do processo eleitoral no município de João Pessoa/PB.

As investigações revelaram a existência de uma organização criminosa complexa, composta por agentes políticos, servidores públicos e integrantes da facção criminosa “Nova Okaida”, voltada à prática de corrupção eleitoral, aliciamento violento de eleitores, constrangimento de candidatos e apropriação de recursos públicos.

Segundo o apurado, a facção atuava no controle territorial de bairros da capital paraibana, como São José e Alto do Mateus, impondo, por meio de intimidação e violência, restrições à livre manifestação política e ao direito de voto. Em contrapartida, líderes do grupo criminoso e seus familiares recebiam cargos e benefícios na Administração Pública Municipal, consolidando um ciclo de favorecimentos ilícitos.

A denúncia foi oferecida contra: Maria Lauremília Assis de Lucena, Tereza Cristina Barbosa Albuquerque, Raíssa Gomes Lacerda Rodrigues de Aquino, Kaline Neres do Nascimento Rodrigues, Keny Rogeus Gomes da Silva (vulgo “Poeta” ou “Negrão”), Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos, Taciana Batista do Nascimento, David Sena de Oliveira (vulgo “Cabeça”), Josevaldo Gomes da Silva e Jonatan Dario da Silva.

O Juízo da 1ª Zona Eleitoral da Capital recebeu a denúncia, autorizando a tramitação da ação penal eleitoral em face dos denunciados.

As provas reunidas incluem interceptações telefônicas, mensagens eletrônicas, documentos oficiais e apreensão de valores em espécie, evidenciando a profunda infiltração da criminalidade organizada no processo democrático.

Fonte: ClickPB

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