Ministério Público cobra informações sobre supostas irregularidades em zoológico de João Pessoa
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) vai solicitar informações para diversos órgãos de administração e da área ambiental por supostas irregularidades no Parque da Bica, local em que um jovem morreu após entrar no recinto de uma leoa e ser atacado. A solicitação foi divulgada nesta quarta-feira (3) e ordenada pelo promotor Edmilson de Campos Leite Filho.
De acordo com o MP, o pedido para informações é baseado em dois relatórios, o primeiro que apontou risco ambiental, manejo inadequado da fauna, problemas hidrossanitários, presença de animais domésticos, deficiências em recintos e possível contaminação hídrica, feito pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), por meio do Núcleo de Justiça Animal. O estudo é anterior ao ataque no domingo (30), elaborado em 2024.
O segundo relatório em questão foi feito pela Sudema após visita, em agosto deste ano, e conclusão em setembro, motivada pela informação do Núcleo de Justiça Animal de que houve agravamento das supostas irregularidades. Entre os agravamentos, foram apontados os furtos de duas araras-vermelhas, a morte de um animal silvestre, alegações de descaso sanitário e negligência generalizada no manejo da fauna cativa.
Além desse procedimento, existe também no Ministério Público a apuração do que está sendo adotado por diversos órgãos após a morte do jovem no zoológico.
Como resultado da visita da Sudema, foi apontado "um conjunto amplo de falhas" que comprometeriam a "integridade ambiental, a saúde pública e o bem-estar animal na Bica".
"Verifica-se cenário de risco ambiental significativo, falhas estruturais sistemáticas que afetam a integridade dos recintos, deficiência no manejo sanitário e na proteção da fauna, além de potencial ameaça à saúde pública e à segurança dos visitantes e trabalhadores”, disse o promotor.
O relatório da Sudema informou ainda que, à época, quatro das 32 câmeras de vigilância estavam em funcionamento.
Fonte: G1
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