Companhia aérea barra urso de pelúcia e criança perde brinquedo durante voo para João Pessoa

Uma criança de seis anos foi impedida de embarcar em um voo com um urso de pelúcia, durante uma viagem familiar, após companhia aérea alegar que o brinquedo excedia o limite de bagagem. O caso aconteceu no último dia 9.

A família, que morava na Argentina há cerca de 3 anos, estava voltando para o Brasil, trazendo seus pertences para recomeçar a vida na cidade natal, João Pessoa. Eles traziam 9 malas despachadas.

A criança levava um urso de pelúcia, ao qual tinha apego emocional, e ao iniciar o embarque com seus pais, foi informada que não poderia levar a pelúcia no avião. A explicação da funcionária da companhia aérea foi que o urso excederia o limite de bagagem permitido no voo.

Já no avião, uma passageira se ofereceu para transportar o brinquedo como bagagem própria, após ver a criança chorando. Mas, ao tentar recuperar o urso, os pais descobriram que ele não estava mais ali.

No site da companhia aérea, consta a informação de que é permitido o despache de até 10 peças de bagagem por passageiro.

Repercussão nas redes sociais

O caso gerou repercussão nas redes sociais, e muitas pessoas vieram a público, condenando a ação por parte da companhia aérea.

Sob o ponto de vista legal, o advogado Rodrigo Alvim trouxe uma análise sobre a situação, colocando as regras da companhia em diálogo com a empatia ao agir com o consumidor, neste caso, uma criança.

Rodrigo pontua que a empresa teria agido sob prática abusiva e desproporcional, e diz que “a rigidez da regra superou a finalidade do serviço, causando prejuízo excessivo ao consumidor”, citando o Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Segundo o advogado, “O Direito do Consumidor não protege apenas bagagens, protege a dignidade do passageiro”. Ele afirma que “a empresa tem o dever anexo de agir com boa-fé para solucionar impasses simples, o que foi negado”, violando o dever de cooperação.

Em nota, a companhia aérea informou que está em contato com a família para que a situação seja resolvida.

Fonte: Portal Correio

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