Brasileira presa no Camboja deve ser julgada por tráfico de drogas nesta quinta, diz família

A brasileira Daniela Marys de Oliveira, de 35 anos, deve ser julgada pela suspeita do crime de tráfico de drogas, nesta quinta-feira (23), pela Justiça do Camboja, país no qual ela foi trabalhar com telemarketing desde o início do ano e que a família dela diz que a mulher foi vítima de uma enganação e de tráfico humano.

De acordo com a mãe de Daniela, Myriam Marys, um advogado cambojano foi colocado no caso pela família para representar a brasileira.

A Anistia Internacional, em um relatório produzido sobre o Camboja em relação à "guerra contra as drogas" no país do Sudoeste Asiático, disse que existem pelo menos três penas para pessoas pegas com entorpecentes de qualquer tipo no país, previstos em três artigos da Lei de Controle de Drogas do Camboja, de 2012:

  • Tráfico de drogas - 2 a 20 anos de prisão;
  • Posse de drogas - 2 a 5 anos (até 10 em reincidência);
  • Consumo de drogas - 1 a 6 meses, até 1 ano em reincidência.

No caso apontado para o crime de consumo de drogas no país, a Anistia Internacional aponta que essa tipificação é posta sobre indivíduos que “já tenham aceitado tratamento compulsório”.

Itamaraty diz que acompanha o caso

Palácio do Itamaraty — Foto: Reprodução/ Agência Brasília

Em nota, o Itamaraty disse que "tem conhecimento" do caso. No entanto, não deu detalhes do que está sendo adotado como providência para ajudar Daniela no Camboja.

"A Embaixada vem realizando gestões junto ao governo cambojano e prestando a assistência consular cabível à nacional brasileira, em conformidade com o Protocolo Operativo Padrão de Atendimento às Vítimas Brasileiras do Tráfico Internacional de Pessoas", diz a nota.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, em 2024 foi prestada assistência a 63 brasileiros em situação de tráfico de pessoas, dos quais 41 no Sudeste Asiático.

Fonte: G1

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