Adriano cobra mudança no sistema de regulação de pacientes em JP e Campina e sugere fila única

O presidente da Assembleia Legislativa (ALPB), Adriano Galdino, fez duras críticas ao sistema de regulação da saúde pública de João Pessoa e Campina Grande durante pronunciamento nesta terça-feira (3) na sessão ordinária da ALPB. O parlamentar não descarta uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o acesso de pacientes a tratamentos no Hospital Universitário (HU).

“Não podemos mais aceitar que paraibanos morram sem acesso a um direito constitucional básico”, afirmou Adriano, reforçando a necessidade de um modelo mais transparente e justo para todo o estado. Ainda de acordo com deputado, o atual modelo, controlado pelas secretarias municipais de João Pessoa e Campina Grande, estaria privilegiando pacientes com conexões políticas em detrimento de moradores de cidades menores, resultando em mortes evitáveis.

Adriano destacou que os municípios repassam recursos para os hospitais de referência, como o HU e o Metropolitano, mas não têm garantia de vagas para seus pacientes. “Enquanto alguns conseguem acesso rápido através de influência política, outros morrem na fila esperando atendimento”, denunciou. O parlamentar classificou a situação como “uma injustiça, que precisa ser resolvida com urgência”.

Ele destaca ainda que o problema se torna ainda mais grave em hospitais como o HU, onde a dificuldade para conseguir uma vaga é comparada a “ganhar na loteria”. Relatos indicam que pacientes de cidades do interior, sem contatos políticos, enfrentam esperas intermináveis, com muitos morrendo antes de receber o tratamento necessário.

Embora governos anteriores tenham tentado reformar o sistema, incluindo as gestões de Ricardo Coutinho e do primeiro mandato de João Azevêdo, as mudanças não avançaram. Desse modo, Adriano ressaltou que espera que no atual governo seja implementada uma “fila única e democrática”, onde a prioridade seja determinada pela urgência do caso, e não por influências políticas.

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