Puxado pelos Correios, rombo de estatais soma R$ 6,35 bilhões e se aproxima de recorde histórico

O Banco Central informou nesta sexta-feira (28) que as empresas estatais federais registraram um déficit de R$ 6,35 bilhões no acumulado deste ano, até outubro. Isso significa que o gasto somado dessas estatais foi maior que a receita que elas conseguiram gerar no ano.

O rombo parcial das estatais federais nos dez primeiros meses de 2025 já está próximo do resultado negativo de todo ano passado — que foi o pior da história, até então.

A série do Banco Central, que tem início em 2002, não considera a Petrobras, a Eletrobras e nem as empresas do setor financeiro (bancos públicos).

Entram nesse cálculo empresas como Correios, a Emgepron, a Hemobrás, a Casa da Moeda, a Infraero, o Serpro, a Dataprev e a Emgea.

O cálculo do Banco Central considera apenas a variação da dívida, conceito amplamente utilizado em análises fiscais internacionais, enquanto o governo se utiliza do conceito conhecido por "acima da linha" (receitas menos despesas).

O resultado das empresas estatais já está afetando as contas públicas. Por conta do rombo acima do autorizado, o governo foi obrigado a bloquear R$ 3 bilhões no orçamento deste mês. São recursos que poderiam ser liberados para outras áreas.

Fonte: G1

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