IPCA: preços sobem 1,31% em fevereiro, maior patamar para o mês em 22 anos

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostra que os preços subiram 1,31% em fevereiro, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse foi o maior patamar do IPCA para um mês de fevereiro desde 2003, há 22 anos. Todos os grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta nos preços no mês, mas os destaques foram os grupos de Habitação, com a alta da energia elétrica residencial, Educação, com os reajustes das mensalidades escolares, e Alimentação e bebidas, com a continuidade da inflação dos alimentos.
O resultado representa uma forte aceleração da inflação em relação a janeiro, quando a alta da foi de 0,16%. Com isso, no acumulado do ano no primeiro bimestre, o IPCA acumula alta de 1,47%.
Já no acumulado em 12 meses, a inflação registra um avanço de 5,06%, acima do teto da meta do Banco Central do Brasil (BC). A meta é de 3% para a inflação anual, e será considerada cumprida se ficar em um intervalo entre 1,50% e 4,50%. Em fevereiro de 2024, o IPCA teve alta de 0,83%.
A inflação de fevereiro veio em linha com as expectativas do mercado financeiro, que eram de uma alta de, em média, 1,30% no mês.
Energia elétrica pesa na inflação do mês após Bônus de Itaipu
O grupo que mais pesou na inflação de fevereiro foi o de Habitação, com uma alta de 4,44% e um impacto de 0,65 ponto percentual (p.p.) sobre o índice cheio.
Essa alta foi puxada, sobretudo, pelo avanço de 16,80% nos preços da energia elétrica residencial. O forte aumento é, na verdade, consequência da normalização nas contas de luz no mês: em janeiro, o Bônus de Itaipu foi incorporado nas contas, resultando em um desconto para o consumidor.
No entanto, a inflação da energia elétrica de fevereiro é maior que a deflação de 14,21% registrada em janeiro com o desconto nas contas.
Além dos preços da energia, a taxa de água e esgoto também teve uma alta de 0,14%, em média, no mês, refletindo reajustes nas tarifas de algumas cidades, como Campo Grande e Belo Horizonte.
Fonte: G1
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