Governo Lula escala "tropa de choque" para tentar conter danos na CPI do INSS

O Palácio do Planalto já sabe quem serão os deputados que formarão a sua tropa de choque na CPI do INSS. O governo conta com Paulo Pimenta (PT-RS) e Alencar Santana (PT-SP) para defender os interesses do Planalto e fazer valer a maioria numérica na comissão.

Com um descuido na articulação política, o governo perdeu por 17 a 14 a votação pela presidência. Com isso, o comando da CPI e a relatoria acabaram nas mãos da oposição.

Paulo Pimenta, ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo, foi escalado pelos colegas para coordenar a ação conjunta da base aliada, incluindo senadores. O PT tem quatro membros titulares na comissão (além de Pimenta e Santana, também fazem parte os senadores Rogério Carvalho, de Sergipe, e Fabiano Contarato, do Espírito Santo), mas conta com os votos de indicados de partidos aliados, como MDB, PSD, PSB, PDT e Podemos, para evitar derrotas em requerimentos de convocações e na produção de um relatório adverso.

“O governo tem a maioria na comissão, mas essa maioria está dispersa”, afirmou Pimenta. “Faltou organização; mas, daqui para frente, isso não vai voltar a acontecer.” Pimenta diz que foi escolhido pelos colegas para coordenar uma ação conjunta da base. “Vamos nos reunir e traçar uma estratégia comum”, disse.

O deputado afirmou que “o governo não tem nada a temer com a CPI”. “Quanto mais avançar a investigação, mais vai ficar evidente que o esquema foi montado no governo Bolsonaro”, afirmou.

Fonte: Estadão

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