Empréstimo aos Correios de até R$ 15 bi deve sair na próxima semana, com juro próximo a 120% do CDI
O empréstimo de um consórcio de bancos aos Correios deve sair na próxima semana, apurou o Estadão/Broadcast com pessoas que acompanham as negociações. Segundo esses interlocutores, o montante deve ficar entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, e a taxa de juros ficará próxima a 120% do CDI. Esse nível é normalmente o teto para operações com garantia do Tesouro Nacional.
As negociações ganharam fôlego após a entrada da Caixa Econômica Federal no rol de instituições dispostas a emprestar os recursos. A cúpula do banco público decidiu participar do processo após o Tesouro reprovar um empréstimo de R$ 20 bilhões ofertado por cinco bancos.
A taxa de juros cobrada, de 136% do CDI, foi considerada excessiva para uma operação com garantia. Na ocasião, o Tesouro informou que não daria aval para uma taxa acima de 120% do CDI.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a negociação para um empréstimo de bancos aos Correios estava avançada. Ele reconheceu que ainda há a chance de o governo fazer um aporte direto na estatal, dentro do arcabouço fiscal, mas apenas se não fosse possível chegar a um acordo com o pool de bancos que vai financiar a reestruturação da empresa.
“Não é o que está no radar nesse momento”, disse Haddad a jornalistas, na portaria do Ministério da Fazenda, em Brasília. “Uma vez que tem havido conversas que avançaram, o que a gente quer é o [empréstimo com] aval do Tesouro, e a questão de reestruturação sério.”
Com prejuízo acumulado de R$ 6,05 bilhões no ano até setembro, os Correios tentam um empréstimo bilionário para cobrir o rombo no balanço até dezembro de 2026, financiar um Programa de Demissão Voluntária (PDV), fazer investimentos, rolar dívidas e regularizar pendências com fornecedores.
Fonte: Estadão
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