“Cansaço da polarização Lula x Bolsonaro”, diz CEO da Quaest

A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (5/6), aponta que a maior parte do eleitorado apoia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abram mão de suas candidaturas para apoiar outros candidatos.
Conforme os dados, 65% dos eleitores acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve apoiar outro candidato. No caso de Lula, 66% acham que ele não deveria ser candidato à reeleição.
Para o cientista político Felipe Nunes, CEO da Quaest, o recado é claro. “Cansaço da polarização Lula x Bolsonaro”, afirmou ele ao analisar o resultado na pesquisa no X.
“Há um outro recado claro nessa pesquisa: cansaço da polarização Lula x Bolsonaro! De um lado, 65% afirmam que Bolsonaro deveria abrir mão de sua candidatura agora e apoiar outro nome. Do outro lado, 66% acham que Lula não deveria ser candidato à reeleição. Patamar mais elevado da série histórica até agora. Ou seja, se dependesse só do eleitorado, o líder político do outro polo não deveria estar na disputa”, afirmou ele.
Rejeição a Lula
De acordo com a análise de Nunes, os dados da pesquisa trazem outro destaque. “Pela primeira vez a rejeição ao governo está se transformando em rejeição eleitoral a Lula, alavancando as candidaturas dos potenciais herdeiros de Bolsonaro. Todos aparecem crescendo ou já empatados na margem com Lula. Vale mencionar o desempenho do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, testado pela primeira vez entre os possíveis candidatos, e que teria 36% contra 40% de Lula”.
Os dados da pesquisa mostram que, em um eventual segundo turno, Lula estaria empatado com, pelo menos, outros cinco candidatos. Segundo o CEO da Quaest, “só de ser o anti-Lula o candidato já tem potencial de 40%. Assim como o candidato anti-Bolsonaro tende a ter potencial de 45%. O medo de que o outro lado vença força uma escolha pela rejeição”, avalia.
A Quaest ouviu 2.004 pessoas entre os dias 29 de maio e 1º de junho. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.
Fonte: Metrópoles
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