
Aliados de Cartaxo dizem que movimentação de Romero fortalece grupo de Ricardo
- Postado em 19/06/2017
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As declarações do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) de que a gestão do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), o credencia para disputar o governo gerou desconforto na base aliada. As críticas vêm justamente de pessoas próximas ao prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD). Os dois disputam a indicação dos partidos de oposição para concorrer à sucessão do governador Ricardo Coutinho (PSB). Está em jogo o aval de PSD, PSDB e PMDB. O movimento deles, no entanto, tem apontado para a iminência de um racha. Questionado frontalmente, Cartaxo nega desconforto. Diz que não é candidato e que o tema será discutido no momento próprio. Seus aliados, no entanto, expõem visão diferente.
“Esse papo de que as lideranças de Campina Grande estão fechadas com a candidatura de Romero Rodrigues, que a cidade precisa ter um nome para a disputa é ultrapassado. Só beneficia o grupo de Ricardo Coutinho. Cássio errou em 2014, achando que ganharia fácil. Ele admite isso hoje. E erra de novo ao achar que o outro lado não terá ninguém para a disputa”, disse, em reserva, um dos aliados mais próximos do prefeito Luciano Cartaxo. O pessedista, assim como Romero Rodrigues, tem usado os dias de folga para se reunir com prefeitos. Desde o início do ano, foi a pelo menos 20 cidades e se reuniu com nada menos que 40 prefeitos paraibanos. A maioria deles integrante de partidos da base aliada. Muitos, inclusive, também tiraram fotos ao lado de Romero.
O grupo de Luciano Cartaxo traça a estratégia de ampliar as visitas a cidades do interior. Eles fazem a seguinte conta: o prefeito de João Pessoa tem grande aceitação na Região Metropolitana, por causa da reeleição na capital, e ainda possui raízes no Sertão. Apesar de radicado na capital, onde construiu a sua carreira política, Cartaxo é natural de Sousa. O gestor, inclusive, costuma lembrar que o último prefeito sertanejo da Paraíba foi Antônio Mariz, falecido em 1995, pouco depois de tomar posse. O bunker pessedista ressalta também que desde a eleição de Ricardo para o governo, a população de João Pessoa se afeiçoou com candidaturas da capital. Eles pretendem investir nesse filão.
Vários sinais apontam para a rota de colisão entre os grupos de Cartaxo e Cássio, apesar das negativas. Um deles foi a agenda colada do presidente estadual do PSD, Rômulo Gouveia, com o prefeito Romero Rodrigues. Eles foram juntos a várias cidades. O fato causou desconforto entre os pessedistas da capital. Cartaxo, vale ressaltar, também não foi convidado por Romero para o São João de Campina Grande. Rômulo, por outro lado, demonstra irritação com a cobrança. Ele lembra a história de proximidade que tem com Romero, desde o início da vida política. O deputado federal, inclusive, assegura que a candidatura própria é prioridade do PSD.
Alheio às queixas dos pessedistas, vale ressaltar, o Romero Rodrigues tem partido em busca de apoios. Na agenda de visitas a prefeitos, posou para fotos na semana passada ao lado do prefeito de Piancó, Daniel Galdino, do mesmo partido de Cartaxo. O grupo coeso formado para as eleições de 2016, ao que parece, caminha para o esfacelamento.
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